O que sobra - Resenha crítica - Príncipe Harry
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O que sobra - resenha crítica

O que sobra Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Biografias & Memórias

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Spare

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-5782-770-3

Editora: Schwarcz

Resenha crítica

O que sobra

Quando o príncipe Harry nasceu, o então príncipe Charles teria dito à princesa Diana: “Maravilha! Você já me deu um herdeiro e um reserva — já fiz meu trabalho.” O príncipe Harry era o segundo filho, o “reserva”. O príncipe William, o mais velho, era o herdeiro do trono. Até os avós de Harry o chamavam de reserva.

Isso fez com que, desde cedo, já soubesse qual seria o seu papel. Seu pai, Charles, e seu irmão, William, eram o primeiro e o segundo na linha sucessória. Jamais poderiam voar no mesmo voo, para caso o avião caísse. Essas regras não eram importantes para Harry, já que um reserva não exigiria tanto cuidado.

Embora nunca tenha se ofendido com isso, o príncipe sabe que sua vida não é nada normal. O relacionamento com Charles é um exemplo. Seu pai não é só pai, mas banqueiro e chefe. Distante e ocupado, se comunicava com mais frequência por cartas do que por abraços.

Princesa Diana

Aos 12 anos, Harry foi acordado pelo pai com a notícia de que sua mãe havia morrido em um acidente de carro, ao fugir de paparazzi. Harry sofreu, mas, no fundo, não acreditou que ela estava morta. Durante anos, achou que Diana havia se escondido em algum lugar e apenas tivesse fingido ter morrido. Por isso, passou a esperar pelo reaparecimento da mãe. 

Harry só passou a acreditar no óbito quando teve acesso, já adulto, às fotos de paparazzi de sua mãe morta após o acidente em Paris. Isso não trouxe uma sensação de alívio. Na verdade, o príncipe só se encheu de ódio dos fotógrafos que assediaram Diana, acompanhado de sintomas de ansiedade.

A paz só veio com ajuda de terapia. O príncipe conta que levou um frasco do perfume favorito de sua mãe para uma sessão. O cheiro provocou um turbilhão de memórias e o fez chorar. Mas, dessa vez, o luto estava elaborado. Harry chorou de alegria.

Um pouco de aventura

Após a morte da mãe, Harry tentou seguir sua vida e se dedicar aos estudos no internato de Ludgrove. Só que ele começou a aproveitar o espaço para se aventurar. Com o apagar das luzes, o adolescente vagava pelos corredores do internato, ainda que correndo o risco de ser pego e punido.

Quando isso acontecia, um professor batia em Harry com uma Bíblia. Ao se formar em Ludgrove, Harry foi para a escola Eton. Sem seus amigos do internato, demorou para se adaptar. Sua válvula de escape foi mergulhar nos esportes. 

O que mais se identificou foi Rúgbi, em que podia pôr sua raiva para fora. Seu lado travesso de Ludgrove serviu como um rótulo negativo na crítica pública, que se aliava às notas ruins que tirava em Eton. Os boletins eram de domínio público e o mundo sabia das dificuldades de Harry com matérias escolares.

Os tabloides agressivos

As circunstâncias da morte da mãe fizeram com que Harry não gostasse da imprensa. A relação com os paparazzi era tão hostil que o príncipe passou a se imaginar desferindo socos em fotógrafos. Ao sair de pubs, chegava a pedir que os guarda-costas o colocassem no porta-malas do carro, para não ser fotografado por ninguém.

O pai ignorava os problemas do filho com a imprensa. A única coisa que dizia era para Harry simplesmente não consumir jornais. A fake news sobre o filho usar drogas até foi publicada com o apoio de seu pai, um fato que o príncipe nunca digeriu bem.

Isso aconteceu porque Charles não estava com a imagem pública boa, já que traía sua ex-esposa Diana, que acabaria falecendo algum tempo depois. Então, quis trocar a imagem de marido infiel pela de pai solteiro cuidando do filho viciado em drogas.

No exército britânico

Harry decidiu se juntar ao exército britânico. A ideia unia seus dois objetivos: fazer a diferença e ficar longe de paparazzi. O príncipe foi para um pelotão de vinte e nove soldados que seriam levados ao limite. Os sargentos os menosprezavam, não os consideravam bons o suficiente para o ofício e criavam rotinas de treinamento intensas.

Embora vários tenham desistido, Harry não vacilou. Afinal, independentemente do que acontecesse, estava distante da mídia. Os cadetes treinavam intensamente, sendo levados ao extremo de sua condição física. Durante a noite, sequer conseguiam dormir de tanta dor. Harry, no entanto, fez questão de não desistir.

Em 2006, deixou de ser apenas o príncipe Harry e se tornou o segundo-tenente do segundo regimento mais antigo do exército britânico. Embora sua unidade fosse movida para a guerra do Iraque, Harry não estava com medo. Na verdade, queria apenas fazer algo pelas pessoas e ainda cultivar algum senso de honra.

A guerra do Afeganistão

A ida do príncipe ao Iraque foi cancelada para garantir sua segurança. Uma foto sua estava circulando em um grupo de atiradores de elite do país. Harry cogitou abandonar o exército, já que passaria a ser um soldado sem propósito. Inconformado, pediu ajuda para seu comandante, que se recusou a enviá-lo ao país em guerra.

Ainda assim, o coronel disse que poderia mandá-lo secretamente para lutar na guerra do Afeganistão. Alguns meses mais tarde, Harry foi furtivamente ao país. O príncipe foi atuar na linha de frente no distrito de Garmsir, uma cidade estratégica no país. Logo, as notícias sobre sua presença vazaram e o Talibã passou a procurá-lo.

Rapidamente, o príncipe precisou ser retirado da linha de frente e sair do Afeganistão. Quando finalmente pousou na Inglaterra, Charles e William estavam esperando por ele. Seu irmão deu um forte abraço e o pai pôs a mão em seu ombro. As demonstrações de afeto, raras na família real, revelaram uma preocupação sem precedentes.

Um príncipe piloto

Já passamos da metade deste microbook e Harry conta como decidiu virar um piloto de helicóptero do exército britânico. A ideia era voltar ao Afeganistão e, caso o Talibã descobrisse sua presença, teria dificuldades de localizá-lo no ar. Após meses se qualificando e estudando incansavelmente, aprendeu a pilotar um Apache.

O helicóptero tecnologicamente mais complexo do mundo era pilotado por poucas pessoas. Enquanto não era reenviado ao Afeganistão, tentou manter sua mente ocupada. Foi para a África visitar o pequeno país Lesoto, em que as crianças andavam horas para assistir aulas. Após sua volta, o príncipe William se casou com Kate Middleton. 

A agora princesa foi colega de sala do irmão de Harry e é de fora da aristocracia. O evento fez Harry se perguntar se um dia se casaria. Era difícil lutar para se encontrar e encontrar a pessoa certa simultaneamente. Harry adorou sua cunhada, mas imaginou que sua relação com o irmão poderia mudar.

No campo de batalha

Em 2012, Harry estava de volta ao Afeganistão. Dessa vez, não era um clandestino. A equipe teria uma semana para conhecer o local, mas não teve tempo. A base foi atacada assim que chegaram, com a traumática morte de dois soldados. O Talibã divulgou um comunicado revelando que a causa do ataque foi a presença do príncipe.

A organização ficou sabendo graças à mídia britânica. Após a recuperação, Harry voltou ao trabalho. Sua função era ficar em uma barraca até ouvir um alarme. Então, correria para um Apache e obteria detalhes da missão via rádio. O helicóptero era capaz de voar baixo, dificultando sua localização pelo Talibã.

Harry lembra de cada combatente inimigo que matou na direção do Apache. Recorda-se nitidamente de assassinar vinte e cinco pessoas. Embora o número não trouxesse satisfação, também não o envergonhava. Afinal, faz parte de ser um soldado eliminar combatentes inimigos. Seu único arrependimento foi não poder ajudar mais.

Saúde mental

Harry voltou diferente da guerra. Parecia mais velho. Sem algo para lutar, se sentiu sem propósito, desesperançoso e perdido. Começou a ter ataques de pânico que atrapalharam seus afazeres reais. O príncipe passou a desenvolver medo de multidões, câmeras e locais públicos. Por isso, passou a ficar muito tempo em casa.

Após pesquisas, percebeu que tinha o mal do que muitos soldados sofriam. Estava com transtorno de estresse pós-traumático. Isso também foi influenciado pela ansiedade em relação à vida amorosa e os questionamentos se um dia se casaria. Harry sentiu que era a hora de deixar o exército e começou a desenvolver comportamentos de evitação.

Tinha uma dificuldade extrema para discursar e evitava qualquer evento social que pudesse. O príncipe buscou várias soluções, incluindo meditação, remédios e terapia. Mas a solução foi o trabalho voluntário. Ele se dedicou a trabalhar com voluntariado na África e passou quatro meses pelo continente. Quando voltou, se sentiu esperançoso, otimista e curado.

O assédio da imprensa continua

Com a imprensa fazendo marcação fechada, as mulheres com as quais Harry se relacionou também foram afetadas. Chelsy, uma de suas namoradas, chegou a encontrar um rastreador em seu carro. O evento foi perturbador a ponto de fazer com que ela abandonasse o relacionamento. Tudo isso era frustrante para Harry. As coisas pioraram em 2016, quando começou a namorar a atriz Meghan Markle.

Os tablóides espalharam notícias maldosas sobre a famĺia da mulher e até fizeram comentários sobre sua origem e DNA. Harry ficou revoltado com as publicações de teor racista. Meghan ainda era seguida em todos os lugares e, assim como Diana, teve seu carro perseguido por carros de Paparazzi e quase se envolveu em acidentes por isso.

O assédio trouxe à tona memórias traumáticas. Alguns anos depois, Harry e Meghan se casaram. A atriz engravidou, mas ficou em choque. Não queria ter um filho “ao vivo”, sob tanta pressão da imprensa, chegando a pensar em suicídio.

Desentendimentos na família

Em 2017, antes do casamento e da gravidez, o casal decidiu se mudar para Londres. Harry queria pedir permissão para a avó, para que o casamento fosse viabilizado. Embora o irmão e o pai não estivessem tão animados com o matrimônio, a rainha Elizabeth aprovou. A atriz da série Suits deixou o Canadá e foi em busca de uma vida diferente com Harry.

Após o casamento, a família se desentendeu. Meghan e Harry tiveram atritos com William e Kate. Willian acreditava que sua cunhada era rude, difícil e grosseira. Tratava mal os funcionários da realeza. Harry tentou argumentar, mas o irmão não estava ouvindo. Logo, o clima esquentou e William partiu para cima de Harry derrubando-o no chão.

Harry preferiu não revidar. Ainda assim, se ressentiu quando ninguém defendeu ele e Meghan contra os ataques e o racismo da imprensa. Embora soubesse que sua família não endossava o que a imprensa dizia, começou a desconfiar de sua lealdade.

A falta de apoio da realeza

Harry queria enfrentar a imprensa e escolheu o caminho judicial. Seu pai e seu irmão foram contra, já que isso seria prejudicial para a imagem da família real. Ainda assim, se ressentiu por ser repreendido e não ter apoio. Surgiam inúmeros artigos odiosos da imprensa e nenhum de seus parentes se posicionava.

Harry ainda suspeitava que alguns membros até contribuiam com a imprensa, como quando Charles incentivou a fake news do uso de drogas. Em 2020, o príncipe decidiu se afastar da família real e abrir mão dos deveres da realeza. O palácio declarou que o casal se afastou e deixou de representar formalmente a rainha.

Boa parte da imprensa se indignou e criticou a saída do príncipe. Mas Harry nunca se arrependeu. Após dois anos morando na Califórnia, soube ter tomado a decisão certa. O que importa é Meghan e seus dois filhos. Embora cultive amor pelas pessoas da família real, sente mágoa por nunca o terem apoiado.

Notas finais

A vida de Harry não foi tão fácil quanto o glamour e a riqueza da família real podem sugerir. Crescendo sob o trauma da perda da mãe e o crescente ressentimento da imprensa, o príncipe se sentiu cada vez mais isolado na busca por um propósito, um amor e uma vida normal. Em sua autobiografia, se abre para o mundo e conta fatos nunca revelados pelos tabloides sensacionalistas, seus eternos rivais.

Dica do 12min

Depois da guerra, Harry passou a sofrer com transtorno de estresse pós-traumático. Isso se aliou à sua dificuldade de lidar com a morte da mãe. Após a terapia, se tornou um nome na causa da saúde mental e patrocinou várias campanhas sobre o assunto. Um livro feito para expor a importância dessa causa é o “Talvez você deva conversar com alguém”, de Lori Gottlieb. Disponível aqui, no 12 min.

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Quem escreveu o livro?

Henry Charles Albert David é o nome completo do príncipe Harry. É membro da família Real britânica, filho do príncipe Charles com Lady Di, morta em agosto de 199... (Leia mais)

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